segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Sensação


E nada melhor que a ruidosa alegria
Dos que estando de bem com a vida
Transformam seu dia à luz da magia
Numa perene animação sem medida

Pessoas alegres deixam a sensação
Que esse mundo tem jeito realmente
Espalhando risos sem conta elas vão
E trazem sorrisos a quase toda gente

Admirando seus belos gestos eu vivo
Então trago no íntimo uma sensação
Que tudo que fazem é o bem coletivo

Que aglomera humanidade em união
Portanto seu divertimento é conectivo
Que mudará para sempre esta nação.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Limerique

Essa noite cheia de assombração
Me pergunto para onde elas vão
Mas para meu horror
Saíram de meu interior
Isso me causa imensa constrição.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Brasil Na Copa


Panem et circenses transmuda a nação
Invadido pelo futebol este Pindorama
Todos com bola no pé e gol no coração
Nunca deixando se apagar essa chama.

A FIFA transformou até as leis, afinal
Pois a Copa significa muito dinheiro
Não existe necessidade de hospital
Porém que nos veja o mundo inteiro.

Que no placar cada gol anunciado
Encha os brasileiros de justo orgulho
Enquanto esquecemos o triste fado

E promovemos um saudável barulho.
Mas vou manter televisor desligado
Me recuso a participar desse esbulho.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Limerique


Pedacinho de terra perdido no mar
Assim Floripa costuma se chamar
Mas veio a bandidagem
Praticando sacanagem
E a ilha nunca mais foi lar doce lar.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

FINIS


Quando eu sair desta para uma melhor
Quando meu corpo frio estiver na essa,
Tratem-no como fosse simples belchior
Porquanto sei que estarei longe à beça.

Então amigos, esqueçam a choradeira
O que ali veem, a um corpo se resume
Que me carregou por essa vida inteira
Mas melhor será se virado em estrume

Pois o que conta na vida são amizades
Que comigo trilharam o longo caminho
E que agora penso vão sentir saudades.

Então bebam por mim um copo de vinho
Ou libem de acordo com suas vontades
Para que eu não me sinta assim sozinho.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Leminskando

De novo me vem essa imagem.
Como ovo formata povo
e viagem envolve viadagem?

Limerique


Ignorar esse furinho não consigo
Tenho pois com ele caso ambíguo
No ventre, bem no meio
Não diz ele a que veio
Esse olho que nada vê, o umbigo.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Leminskando

se esconde
desejo vão
que me sonde
espreitar o vão
não sei onde
que todos vão.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Limerique

Não só a boca dizendo o que sente
Comunicando o que lhe vem à mente
Mas há outros meios
Para dizer a que veio
O olhar é um espelho que não mente.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Espelho


Quem é essa imagem na minha frente
Que me observa curiosa, estupefata?
Mesmo vendo não sei de quem se trata
Contudo, não me parece indiferente

Talvez um fantasma de minha mente
Que me enxerga tal qual eu o vejo
E me conhecer também o seu desejo
Desvenda-se o mistério simplesmente

Pode ser outra pessoa, sei também
A qual intrujou-se dentro do espelho
E que me olha em busca de conselho

Não vou deixar-me convencer, contudo
Quando ele faz perguntas, eu fico mudo
Porque não devo satisfação a ninguém.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Limerique

Nos gabinetes onde se faz partilha
De butim roubado pela camarilha
Senadores e deputados
Riem dos bobos roubados
E esquecem da tomada da Bastilha. 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Finis


Veja o caixão com seu cortejo atrás
Apague a estrela que tanto mal faz
Jogue-se um osso, cale o ladraz cão
E que essa tristeza à alegria diga não

Silencie o tambor e também o piano
Que finde alegre peça, desça o pano
Que todas as pombas guardem luto
Porque seu arrulhar não mais escuto

Meu corpo frio rumo à última morada
Neste féretro fechado, negro, funesto
Encerra-se uma vida de quase nada

Que deixa de bom, apenas um gesto
De adeus a que foi minha namorada
Para apagar imagem que não presto.

Limerique

Solidão mais antiga, a do ninho
E pior, tentar se afogar no vinho
Por mais que compartilhemos
Solitários sempre seremos
Então viva sua solidão sozinho.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Copaleição


Pois sabem eles o que fazendo estão
Coincidente com esse ano de eleição
Contratando copa de futebol mundial
Porque no Patropi vale bola e carnaval

Têm certeza que memória não se herda
Tudo esquecemos neste país de merda
De ontem, político de corrupção acusado
Pelo nosso voto, hoje será consagrado

Nada adianta ficar reclamando então
Porquanto os colocamos no congresso
Pois eleitor se comporta como bobão

E os bandidos ao dinheiro têm acesso.
Lembro, para bem de todos e da nação
Nunca mais votem neles, eu lhes peço.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Limerique

Sapinho destituído de beleza
Sendo príncipe tinha certeza
Que um beijo viria
E com certeza seria
Osculado por linda princesa.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Temporizando


Um tempo de vida nos dá a natureza
Que o gastemos sem qualquer culpa
Seja na abastança ou na vil pobreza
Porque desprezá-lo não há desculpa

Mas como devotar a ele o que conta,
E não gastá-lo sem proveito, em vão?
E fazer desse tempo sucesso de monta
Como tempo dos grandes sábios são?

Pois é, não existe fórmula consagrada
Que faça desse tempo nosso escravo
Se não cuidarmos bem, fazemos nada

E de milhões sobram apenas centavos.
Então de meu tempo não faço cagada
E na minha vida cada minuto alinhavo.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Limerique

Cupins vivem construindo grutas
Encontrá-los é nossa maior luta
Vivem escondidos
E são destemidos
Aqueles grandes filhos da puta.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Deslocado

Sonhei que era um poeta ligadão
Que rimava termos em versos legais
Meus poemas reuniam multidão
Que os achavam engajados, demais

Sonhei que compunha só verdades
Que tornava esse povo consciente
E que nas avenidas das cidades
Pra me ver se reunia muita gente

E continuei sonhando, portanto
Fazendo castelo no ar muito feliz
Homenageado como ilustre santo

Mas o mundo não é como eu quis
E a realidade é um grande espanto
Me disse que sou apenas aprendiz

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Limerique

Por onde passa o homem deixa trilha
As vezes opaca, mas as vezes brilha
Ele só consegue viver só
Apenas quando voltar ao pó
Diz o poeta, nenhum homem é uma ilha.