sexta-feira, 30 de maio de 2014

Post mortem

Então era um poeta transcendente
Dos que morrem e continuam vivendo
Rabiscava seus poemas belamente 
Mesmo que ninguém estivesse lendo.

Revelando-se ao mundo seu escrito
Descobriu-se daí seu grande talento
Ficou portanto, o não dito pelo dito
Esquecendo que criou para o vento.

Pois era um poeta que criava estrelas
Mesmo quando não pudesse vê-las
Porque tinha cabeça cheia de lirismo.

E seus versos repletos de pigmento
Coloriam astros de todo firmamento
Com palavras destituídas de cinismo.

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