terça-feira, 1 de julho de 2014

FlordoLácio

A tal inculta e bela continua viva
Vive ela da interpretação popular
Não é estática, nunca será cativa
E molda-se às maneiras do falar

Quem está nas ruas faz o idioma
Depois é registrado no dicionário
Não é inseto preso numa redoma
Em exposição dentro do armário

Falemos, depois façamos a regra
Porquanto o idioma quer ser assim
Palavra nasce e filólogo a integra
E gramática expõe tintim por tintim

Então a língua já exultante se alegra
Em constante mudar que não tem fim.

Um comentário:

  1. Meu amigo poeta Jair, realmente a coisa funciona do modo que versejas neste poema. A língua é um fenômeno vivo, que se renova à medida que vocábulos populares são agregados ao idioma. Outro fator positivo que ocorre conosco é o aportuguesamento, com o passar do tempo, de termos estrangeiros. Lembro-me que aprendi a ler sandwich em de sanduíche; Whisque em vez de uísque; abajourt em vez de abajur, além de tantas outras palavras estrangeiras que aqui eram grafadas da mesma maneira que no pais de origem.
    Um abraço. Tenhas um bom dia.

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