quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Vento,

Uma vez mais perguntei ao vento
Por que tu és um etéreo elemento?
Sem cor, sem cheiro e sem feição,
No entanto pratica tanta confusão?

E ele disse: é justamente por isso:
Nada sou, não tenho compromisso
Eu faço então o que bem entender
Sem que repressão tenha que temer.

Pois vento não deseja ser popular
E venta livre a seu próprio gosto
Sem nem um pouco se incomodar
De ser reconhecido por seu rosto.

Vento é sempre entidade matreira
Que venta ventania a sua maneira.

Um comentário:

  1. Amigo poeta Jair, desde muito cedo o vento mexe comigo. No início pensava que o vento era uma entidade tal como um santo, um anjo, um Cristo...
    Um abração. Tenhas um ótimo dia.

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