terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Cigarras & cigarros

Ao ouvir os acordes da cigarra
Naquela tarde azulada veranal
É como longe soasse fanfarra
Que diverte e conquista afinal.

O sol e seus raios amarelados
Espicaçando impiedoso o chão
Desabrocha girassóis cansados
Enquanto brancas nuvens são.

Mas até os caracóis alienados
Se inserem na alegre sinfonia
De atores tão indeterminados
Que atuam e compõe poesia.

Ah, esses cigarros queimados
Na solene hora da Ave Maria!

Um comentário:

  1. Nem sempre há tempo para comentar. A tua veia poética é imparável.
    Mais um caso sério de casamento entre (as) palavras!
    Bjo, Jair :)
    (Minha mensagem desta época, está te esperando no Portate-mal...)

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