terça-feira, 1 de setembro de 2015

Ciclo da vida


Eu sei, sempre existi antes de nascer
Meu corpo não era assim como é visto
Sem boca ou olhos que pudessem ver
Nada uniforme, mais para algo misto.

Naquele estado inexiste o verbo sofrer
Estado que, muito dele agora eu disto
Existo! Porém nem sempre fui este ser
Que possui eterno medo do imprevisto.

Quando eu morrer de novo vou virar pó
E sequer sentirei saudade do meu jeito
A natureza vai me incorporar como só
Irreconhecível continuarei no seu leito.

E aos demais suplico não sentirem dó
Porque no futuro volverei a ser refeito.

3 comentários:

  1. Caro amigo poeta Jair, teu raciocínio está próximo daquilo que acredito, pois acho que voltarás - voltaremos todos - em outros veículos -, seguindo a progressão dos ciclos evolutivos.
    Um abração. Tenhas um ótimo dia.

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  2. Assim é a vida. Ciclos e mais ciclos. Nada se perde, tudo se transforma.

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  3. Pois é, Jair, já pensei tanto nisso... que sentido existe na vida se tudo acabar num caixão? E essa dúvida, essa ânsia não é só minha, é de milhões de viventes. Mas continuarei na busca, sem dúvida, aliás o que há de mais importante do que o rumo do nosso espírito? Mais uns aninhos aqui? Isso não satisfaz ninguém.
    Grande abraço, amigo.

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