domingo, 13 de dezembro de 2015

Asnice

Se mais economia cresce tudo  é sorriso
Tenho mais bens de consumo, portanto
Até sobra no fim de cada mês um quanto
Talvez ganhe pouco mais do que preciso.

Mas não entendo que tudo tem um preço
Se o meu bem estar numa urna coloquei
Devo entender que em casa ninguém é rei
E viver em prosperidade somente pareço.

Pois no futuro vai pagar a conta alguém
Um que tampouco veio ao mundo ainda
Que já ao nascer, o de comer ficará sem.

De que vale o progresso se a vida finda?
Se nada sobra para aqueles que aqui vêm
Onde toda a política é sempre malvinda?

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