sábado, 2 de julho de 2016

À prudência

É assim, os dois pés colocados no chão
Sem essa desses desafios ditos radicais
E foi assim pois que se faz a perpetuação
Meio que só feijão com arroz e nada mais.

A história da humanidade repleta de ação
Diz que pusilanimidade de nossos iguais
Redimiu o que não encaravam algum leão
Eles sobreviviam e tornavam-se bons pais.

Nada deveras impele o homem ao perigo
A ele cabe preservar aquela saudável vida
Longe de feras, abismos e fogo, lhe digo.

Insista em perpetuar-se, ó minha querida
Não despreze a prudência tipo, nem ligo!
Apenas siga com cuidado não seja suicida.

Um comentário:

  1. Jair, hoje virou moda uma palavrinha perigosa: superação! Superação é esforçar-se além do que se pode, e a alegria maior é passar ou atingir a linha do perigo. Acho que falta um pouco de amor à vida, de conscientização de que podemos levar a coisa mais leve. Não precisamos desafiar nada e ninguém para nossa autoestima subir que nem foguete.

    “Nada deveras impele o homem ao perigo
    A ele cabe preservar aquela saudável vida
    Longe de feras, abismos e fogo, lhe digo.”

    Seu Soneto serve para muitos casos, inclusive se adapta muito bem no seu comentário deixado... Aliás, você é certeiro, sempre na mosca! Não sei por que os humanos precisam andar na linha do limite, falta muita prudência. Falta amor, tem loucura sobrando.
    A palavra arriscar-se parece que enfeitiça! Até uma idosa de mais de 80 anos voou numa Asa Delta. Eu morri só de olhar...Voltei porque Deus é bom.
    Parabéns, Jair, você é sempre certeiro, deixa a marca.
    Abraços!

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