quarta-feira, 27 de julho de 2016

Meu livro


Meu rosto que espelho nenhum vê
E o livro aberto na minha cabeceira
Uma paixão molesta não sei porquê
Lençol úmido como ninguém queira.

Ilusão exposta, assim é este destino
Vem ao encontro de minha desilusão
Reflete o desespero de meu desatino
Onde já não se consegue absolvição.

A janela aberta já não mais existe
Bem como o tapete que o voo alçou
E não há qualquer coração em riste

Recuso o corpo com que agora estou
Trago somente essa minhalma triste
O desejo é o fogo que agora apagou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário