terça-feira, 23 de agosto de 2016

Tempo

O que fazer se esta entidade absoluta
Tem sobre homens tal predominância
Em que nos domina, esse filho da puta
Mostrando-nos nossa desimportância?

Pode o tal tempo vencer-nos sem luta
Obliterando-nos em qualquer instância
De maneira tal que ele não nos escuta
Em sua total e permanente ignorância.

Se o tempo quiser, nos abaixa a crista
Morte das coisas está em sua agenda
Apaga seu lume ainda que você insista.

Nada resiste ao tempo, não há emenda
Dado que o tempo é completo egoísta
Assim não existirá amarra que o prenda.

2 comentários:

  1. Caro amigo poeta Jair, o grande Jorge Luis Borges disse: " O Tempo é substância de que sou feito"
    Um abração. Tenhas uma ótima tarde.

    ResponderExcluir
  2. Ah, o tempo...esse implacável companheiro de jornada! Poeta Jair seu soneto mais uma vez nos traz todo o seu talento e sensibilidade, parabéns...é profundo, verdadeiro e muito lindo!!!

    ResponderExcluir