segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Do átomo ao infinito

Pastiche inspirado em Augusto dos Anjos

No íntimo das partículas enfurnado,
sou eu que prótons e elétrons, fito;
Penetro o mínimo, de olho no infinito,
porém, ali o mistério é condensado.

Ali, grito do universo tenho escutado,
por estranho, nem sequer é esquisito;
Ouço um chamado mas não me agito,
pois dentro de cada átomo um chiado.

De tal matéria este universo é oriundo,
sempiterno, esconso, velho, profundo;
E vai escondendo, eventos medonhos.

Que um dia o big chunch vai e acalma,
pois todo cosmo cabe dentro da alma,
sob forma real ou apenas em sonhos!

Um comentário:

  1. Meu caro amigo poeta Jair, chamar-te-ei de Augusto do Anjos otimista, pois o original é muito amargo.
    Um abração. Tenhas uma ótima semana.

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