terça-feira, 13 de dezembro de 2016

A virtuosa

Mulher de Pero Rodrigues, Maria
Metendo-lhe os chifres ela vivia
Na rua todos apontavam o corno
Que, parece, na cama era morno.

Maria, mulher com fogo na bunda,
Trepava de segunda a segunda.
E nada mais lhe importava afinal
Enquanto pudesse chupar um pau.

Mas jamais esquecia seu querido
Que a deflorou no passado, um dia
Falava dele com olhar compungido

De moral ilibada era aquela vadia
Falava muito bem do corno marido
Enquanto debaixo do amante fodia.

Um comentário:

  1. Pois então, meu caro amigo poeta Jair, por vezes este mundo parece um hospício.
    Um abraço. Tenhas uma boa tarde.

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