quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Luzes fátuas

Me aborrecem as tais luzes do ocaso
Porque sei, anunciam uma mensagem
Porém pergunto, que revelação fazem?
Ou são luzes aleatórias meio ao acaso.

Esmaecentes, num poente em atraso
Aquarela vertiginosa, ajaezada trazem
Talvez para que ar e nuvem se casem,
E jamais se quebre este fabuloso vaso.

Em seguida, vem a escuridão intensa
Que da esquiva noite indaga sobre dia
E o dia se recusa revelar o que pensa.

Quanto a noite vem mistério se amplia,
E sem que nenhuma vontade o vença
Nem que se veja alguma estrela guia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário