quarta-feira, 8 de março de 2017

Ninguém a quer, porém...

Muitos dos que conheci e gostei onde estão?
Mortos! como arrastados por um furacão
A morte acusa, julgando, condena e prende
Universal e inclemente, não se arrepende.

Seus tentáculos envolvem como prisão
Na eternidade, sem dó, sem compaixão
Pra uns avisa, à maioria surpreende
Então a humanidade toda a ela se rende.

Porém, ao levar os meus amigos me assusta
Muito desespera, sei que está de olho em mim
Porque, para ela, encontrar-me nada lhe custa.

Portanto sei que me vou, como um dia vim
Mesmo sendo essa triste ceifadeira injusta
Pois que, não dá início, porém promove o fim.

Um comentário:

  1. Pois é, caro amigo poeta Jair, quando somos jovens as pessoas à nossa volta morrem e não ficamos preocupados, pois nos imaginamos imortais ou então raciocinamos que nossa morte é fato remotíssimo, evento previsto lá para muito longe, algo quase inexequível em função da faixa larga de futuro a se descortinar à nossa frente, entretanto, chega o dia em que nos encontramos na descendente, então, quando um conhecido, parente ou amigo parte desta ficamos de olhos arregalados...
    Um abração. Tenhas uma boa noite.

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