domingo, 26 de novembro de 2017

Pela estrada

Vou pela estrada buscando caminhos
Caminhando e, apesar dos pesares
Livrando-me de percalços e espinhos
Os quais dão à vida lúgubres ares.

Talvez como aves que deixam seus ninhos
Procurando onde cantar seus cantares
Como o fazem todos os passarinhos
Eu busco por paragens singulares.

Entretanto, ainda, algo me diz
Será somente assim que se é feliz?
Surpreso, tal pergunta eu não afago.

Porquanto se existe vida e desejos
Esta lança seus frementes arpejos
Que se ignorados produzem estrago.

2 comentários:

  1. Muito bem, caro amigo poeta Jair. excelente soneto. Um abração. Tenhas uma ótima semana.

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  2. "Talvez como aves que deixam seus ninhos
    Procurando onde cantar seus cantares
    Como o fazem todos os passarinhos
    Eu busco por paragens singulares."

    A vida é essa, anda-se por tantos cantos atrás de paragens mais felizes. E nada chega. Os animais nos ensinam muito, esse seu belo poema tem como professor um pequenino pássaro, não estará ele certo?

    Abraços!

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